Artrite Encefalite Caprina (CAE)
A síndrome artrite-encefalite caprina (CAE) trata-se de uma doença multissistêmica crônica dos caprinos causada por um vírus pertencente à família lentivirinae. Atinge diretamente a produtividade do rebanho, pois os animais infectados apresentam queda na produção leiteira e diminuição do desempenho reprodutivo, ocasionando altas taxas de descarte na propriedade. A infecção com o vírus é bastante disseminada não tendo prevalência sobre raça ou idade.
SINAIS CLÍNICOS
A principal manifestação clínica é a poliartrite crônica , ou seja , mais de cinco articulações inflamadas ao mesmo tempo
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo
Dentre os achados clínicos são encontrados problemas nas articulações dos animais como a artrite, que se estabelece de forma súbita, uni ou bilateral, acometendo as articulações do carpo e do tarso. A artrite pode ser acompanhada por um aumento de volume e endurecimento do úbere, bem como uma pneumonia intersticial.
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo
TRATAMENTO
Não há tratamento específico e os sintomas dos animais acometidos tendem a se agravar com o decorrer do tempo. O descarte é recomendado visto que o animal é uma fonte de infecção


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Clínica de ovinos e caprinos - D.G. Pugh - ed. ROCA, 2005
Clínica Veterinária - Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos, e Eqüinos - Blood C. Douglas; Otto M. Radostits; Clive C. Gay; Kennethy W. Hinchcliff - ed. Guanabara, 2002.
Avaliação da taxa de ocorrência da artrite encefalite caprina a vírus pelas regionais do escritório de defesa agropecuária do Estado de São Paulo, Brasil, e seu mapeamento por meio de sistema de informações geográficas - B.L.S. Leite1, J.R. Modolo1, C.R. Padovani2, A.V.M. Stachissini1, R.S. de Castro3, L.B. Simões2 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, CP 524, CEP 18618-000, Botucatu, SP, Brasil, 2004.
Paulo Roberto
Oestrose ovina ou "bicho da cabeça"
A oestrose ou, como é comumente conhecida, "bicho da cabeça", é uma enfermidade causada pela mosca Oestrus ovis, um parasita que ocorre no mundo inteiro onde há rebanhos ovinos. As larvas desta mosca são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos. A mosca adulta é larvípara e pode depositar na cavidade nasal dos ovinos até 500 larvas durante o seu ciclo biológico, porém no ambiente ela tem um curto período de vida: cerca de duas semanas, pois a mesma não possui aparelho bucal e, portanto não se alimenta e sobrevive apenas das reservas energéticas acumuladas durante a sua vida parasitaria.
SINAIS CLÍNICOS
Os ovinos parasitados espirram constantemente, não se alimentam bem, e, portanto, apresentam redução na produtividade. Alguns animais irritados pela larva deixam de se alimentar para tentar se proteger dos seus ataques, escondendo o focinho no solo ou entre a lã de outros carneiros, balançando a cabeça e espirrando.
PERÍODO COM MAIOR INFESTAÇAO DA LARVA
Mosca está presente durante todos os meses do ano, mas as condições climáticas mais favoráveis para atividade da mosca foram observadas nos meses de primavera, verão e outono, época em que houve maior infestação dos animais pelas larvas
TRATAMENTO
O controle da oestrose nos ovinos é feita com a utilização de antiparasitários de ação sistêmica, que tenham como princípio ativo as avermectinas ou triclorfone. É importante realizar o tratamento em animais com sinais clínicos desta enfermidade, onde vale ressaltar a importância de utilizar dosagem do medicamento recomendada pelo fabricante, visto que alguns princípios ativos dos antiparasitários são extremamente tóxicos e se administrados de forma errada podem levar o animal a óbito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARACAPPA, S.; RILLI, S.; ZANGHI, P.; DI MARCO, V.; DORCHIES, P. Epidemiology of ovine oestrosis (Oestrus ovis Linné 1761, Diptera: Oestridae) in Sicily. Vet. Parasitol., v.92, p.233-237, 2000.
Gaaboub, I.A. The distribution and seasonal dynamics of Oestrus ovis Linneu infesting the nasal cavities and sinuses of sheep in Egypt. Vet. Parasitol., v.4, p.79-82, 1978.
HALL, M. & WALL, R. Myiasis of humans and domestic animals. Adv. Parasitol., v.35, p.258-311, 1995.
PANDEY, V.S. Epidemiology of Oestrus ovis infection of sheep in the Highveld of Zimbabwe. Vet. Parasitol., v.31, p.275-280, 1989.
RAMOS, C.I.; BELLATO, V.; SOUZA, A.P.; AVILA, V.S.; COUTINHO, G.C.; DALAGNOL, C.A. Epidemiologia de Oestrus ovis (Díptera: Oestridae) em ovinos no Planalto Catarinense. Cienc. Rural, v.36, n.1, 2006.
RIBEIRO, V.L.S.; OLIVEIRA, C.M.B.; BRANCO, F.P.J.A. Prevalência e variações mensais das larvas de Oestrus ovis (Linneus, 1761) em ovinos no município de Bagé, RS, Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., v.42, p.211-221, 1990.
Yilma, J.M. & Dorchies, Ph. Epidemiology of Oestrus ovis in southwest France. Vet. Parasitol., v.40, p.315-323, 1991.
Paulo Roberto
Toxoplasmose
O Toxoplasma gondii, agente
causador da toxoplasmose é um protozoário de ciclo
de vida intracelular obrigatório, ou seja, só sobrevive dentro de uma célula
viva de seu hospedeiro.
A
toxoplasmose é um dos grandes causadores de abortos em ovinos, e alem disso
é uma ZOONOSE , uma doença que
pode ser transmitida pra seres humanos
através da ingestão de leite e carne crua de carneiro ou ovelha .Pessoas
contaminadas apresentam sintomas de febre , dores musculares e dores de intensidade variada na cabeça .
Por
ser uma das grandes causadoras de abortos e problemas reprodutivos em rebanhos
de ovinos é também uma importante fonte de prejuízo para criadores de pequenos
ruminantes, a doença tem uma maior incidência em animais mais velhos,
propriedades que tenham um mau controle sanitário e em climas quente e úmido onde
a doença se manifesta com maior
freqüência .
Contaminação
Geralmente gatos domésticos e selvagens, são os hospedeiros do
protozoário, que contaminam pastagens e água através das fezes que nelas contem
cistos do parasita. Os cistos já no aparelho digestivo liberam formas
contaminantes da toxoplasmose que vão para a corrente sanguínea
contaminando órgãos, principalmente coração, fígado e cérebro, onde
acontece sua proliferação.
Sintomas
Os animais podem apresentar anorexia, febre e perda de
peso, nas fêmeas causa aborto, falha na fecundação após cobertura ou
inseminação artificial.
Diagnostico
e tratamento
O diagnostico pode ser dado após um exame de sangue ou em
casos de aborto fazer exames laboratoriais de parasitose no feto e na placenta,
já o tratamento só precisa ser feito em animais imunodeprimidos, que é
utilizado a associação de sulfonamida e pirimetamina, em indivíduos gestantes
contaminados devem começar o tratamento imediatamente com espiramicina que
previne a transmissão do protozoário da mãe para o feto.
Pedro Pires
Linfadenite Caseosa (LC)
A Linfadenite Caseosa é uma doença
infecto-contagiosa conhecida também como “Mal do Caroço” ou “Falsa
Tuberculose”. É causada pela bactéria Corynebacterium
pseudotuberculosis, que acomete caprinos e ovinos e caracteriza-se pela
formação de abscessos contendo pus de cor amarelo-esverdeado e consistência
tipo queijo coalho.
A doença apresenta-se em duas formas: a
superficial e a visceral. Os abscessos localizam-se, inicialmente, nos
linfonodos, podendo ser na região da mandíbula, abaixo da orelha, na escápula,
no crural e na região mamária. Apresenta-se, também, nos gânglios internos
(mediastínicos, torácicos) e órgãos como os pulmões, o fígado e, em menor
escala, o baço, a medula e o sistema reprodutivo. Além dos caprinos e ovinos,
esta enfermidade causa linfangite ulcerativa em equídeos e abscessos
superficiais em bovinos, suínos, cervos e animais de laboratório.
A principal fonte de infecção é o
conteúdo dos abscessos que supuram e contaminam o ambiente. O conteúdo dos
abscessos é rico em C. pseudotuberculosis podendo infectar
diretamente outros animais ou ainda contaminar a água, o solo e os alimentos.
O Corynebacterium pseudotuberculosis pode permanecer no meio
ambiente por períodos de 4 a 8 meses, principalmente quando protegido do sol
direto, e morre quando exposto a 70°C, aos desinfetantes comuns, bem como ao
sol direto.
A porta de entrada são as feridas
superficiais na pele, mucosas, além dos linfonodos e/ou vasos linfáticos.
Como reconhecer
Os sinais clínicos caracterizam-se pela
presença de linfonodos periféricos aumentados de tamanho. Ocasionalmente, os
abscessos se rompem drenando pus espesso e esverdeado. Os abscessos medem
normalmente 4-5 cm, entretanto, podem chegar a 15 cm. A maioria dos animais com
lesões nos linfonodos não apresentam outros sinais clínicos, porém, alguns
animais com abscessos localizados nas vísceras das cavidades torácica ou
abdominal, podem apresentar emagrecimento progressivo, às vezes, denominado
como “doença da ovelha magra”.
Como tratar
O tratamento pode ser realizado com o
uso de antibióticos como a tetraciclina, a penicilina e a cefalosporina, porém,
a distribuição dos mesmos nos abscessos é pequena, dificultando o processo de
cura pela pouca habilidade de passar pela cápsula do abscesso e porque a
bactéria possui localização intracelular. Portanto, não se recomenda o
tratamento com antibióticos para os casos de Linfadenite Caseosa.
Como evitar
Em ovinos as medidas de controle da
doença consistem em eliminar os animais doentes e evitar novas infecções,
através de medidas higiênicas e de desinfecção dos instrumentos de tosquia,
castração e assinalação. Essas técnicas devem ser realizadas em locais limpos e
onde seja possível a desinfecção. Os ovinos jovens devem ser tosquiados antes
dos adultos. Em rebanhos infectados deve evitar-se banhar imediatamente após a
tosquia. Vacinas contendo células bacterianas e/ou toxóides empregadas em
ovinos são parcialmente eficientes, diminuindo significativamente o número de
animais com abscessos.


Referência: Vallée
Tainá Oliveira
Ectima Contagioso
É uma doença infecciosa
contagiosa causada por vírus, que acomete ovinos e caprinos e ocorre com mais
freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos. é
caracterizada pelo aparecimento de crostas na boca, podendo estender-se ao
focinho, orelhas, pálpebras e raramente ao aparelho genital e coroa dos cascos.
é conhecida também por Dermatite Pustular Contagiosa ou Boqueira.
A transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto. O vírus pode
persistir por vários anos nas pastagens ou instalações.
Como reconhecer
O primeiro sinal é o
aparecimento de manchas vermelhas que se transformam em vesículas e depois de 2
a 3 dias em pústulas que se rompem e secam formando uma crosta escura
semelhante a verruga. Depois de 10 dias estas crostas caem deixando a pele
sujeita a infecções secundárias. Além dos lábios, pode haver formação de
pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios
ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar,
emagrecendo rapidamente.
Como tratar
A infecção é em geral
autolimitante. Nas vesículas deve-se passar glicerina iodada e pomadas
cicatrizantes diariamente até que elas sequem. é muito importante isolar os
animais. O tratador deve se precaver utilizando luvas no momento de cuidar dos
animais.
Como evitar
É prevenida pela
manutenção do rebanho isento do vírus, mediante a não introdução de animais
infectados.
A vacinação deverá ser
feita em todo rebanho, e em todos os cordeiros nascidos após dois meses de
vida, e deve ser aplicada por via cutânea, fazendo-se uma pequena escarificação
na parte interna da coxa.

Referência: Vallée
Tainá Oliveira
Scrapie
A Scrapie é uma Encefalopatia
Espongiforme Transmissível, causada pelo acúmulo de uma proteína anormal,
denominada Príon, associada à Scrapie (PrPsc). Esse prion é resultado de uma
alteração de conformação da molécula normal e é codificado pelo próprio
hospedeiro.
A doença é caracterizada pelo surgimento de prurido constante que leva o animal
infectado a esfregar-se em cercas de contenção ou árvores, seguindo-se a queda
da lã e o desenvolvimento de dermatite caracterizado por quadros subagudo e
crônico de eczematização.
Existem duas formas clínicas da doença: a forma pruriginosa e a forma nervosa,
de acordo com a predominância de sinais sensitivos ou motores.
Sintomas
Entre os principais sintomas
estão hiperexcitabilidade, ranger de dentes, incoordenação motora e morte.
A evolução da doença é lenta, levando o animal ao estado de caquexia,
paralisia, movimento excessivo ou estresse ao manejo; o animal pode tremer ou
cair em estado convulsivo. No cérebro, foram observadas áreas de perda neuronal
e ausência de resposta do sistema imunológico, além de ocorrer degeneração de
tecidos de sistema nervoso central.
Contaminação
Ovinos e Caprinos usualmente contraem o agente infeccioso da scrapie por ingestão de placenta ou fluidos contaminados, sendo a transmissão materna o modo principal de disseminação do agente.
Tratamento
Os animais infectados devem ser sacrificados.
Prevenção
Medidas preventivas: controle do
manejo reprodutivo (utilizar um local específico para a parição, de preferência
um compartimento individual com piso cimentado); logo após o parto, os restos
placentários devem ser retirados e incinerados, manter um banco de dados sobre
a entrada e saída de animais do rebanho, o que é de grande importância para uma
futura investigação epidemiológica e a rastreabilidade dos ovinos no País.
Referências Bibliográficas
http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/scrapie-43801n.aspx
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/DOENCA%20DOS%20CAPRINOS%20E%20OUVINOS.pdf
Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In:
Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh
DG. Scrapie. São Paulo: ROCA, 2004.
Thales Marques
Brucelose
A brucelose ovina (B.ovis) é uma doença infectocontagiosa
que afeta somente ovinos, principalmente, os machos. É causada pela bactéria
Brucella ovis (um coccobacillus Gram-negativo), cuja característica é causar
epididimite, orquite e infertilidade nos carneiros e aborto nas ovelhas. Ocorre
queda na qualidade do sêmen e a motilidade espermática é diminuída.
A transmissão da
doença se dá através da via venérea, durante a estação de monta e entre os
machos por ocasião da libido, onde o contato íntimo entre eles é comum. A
prática de machos montarem em machos e lamberem órgãos sexuais inicia na tenra
idade dos carneiros e é nesta fase que a doença começa a ser transmitida, não
sendo necessário o carneiro estar em idade de reprodução. Recentes estudos evidenciam também a via
congênita como meio de infecção, ocasionando mortalidade embrionária, abortos
tardios, placentites e debilidade de cordeiros por ocasião do nascimento,
levando à morte do recém-nascido. Os machos também se infectam ao cruzar com
fêmeas que foram recentemente cobertas por carneiro doente. A transmissão
também se dá através do leite materno durante a amamentação. Não há transmissão
através do ambiente.
Ao contrário de outras bactérias do gênero Brucella, a
Brucella ovis não é uma zoonose, portanto não é perigosa para os humanos. Não é
transmitida para as pessoas através dos ovinos e nem da carne dos animais
afetados, a qual pode ser consumida. Por outro lado, ela é muito contagiosa aos
ovinos e quando presente no rebanho causa grandes perdas econômicas ao criador
devido aos problemas reprodutivos que provoca. Ela deve ser combatida e
controlada para que não aumente sua ocorrência.
O perigo para esta doença se instalar no seu rebanho é
constante e a aquisição de um animal doente pode custar muito caro para a sua
criação. Geralmente a epididimite ovina é introduzida na criação através de
carneiros infectados ou através do sêmen contaminado.
Não existe cura eficaz
para a brucelose ovina dos carneiros. Os machos doentes sempre serão portadores
da enfermidade e por este motivo devem ser sacrificados. Fêmeas que mantiveram
contato com machos contaminados podem transmitir a doença por dois meses,
entretanto, elas não adoecem e curam após este período, geralmente após um novo
ciclo estral.
Referências Bibliográficas
• Institute for International Cooperation in
Animal Biologics. Ovine epididymitis: Brucella ovis – Disponibilizado
em: http://www.cfsph.iastate.edu/Factsheets/pdfs/brucellosis_ovis.pdf.
Acessado em out/2012
• Paolicchi F., Nuñez
M., Fiorentino M., Malena R., Trangoni M., Cravero S., Estein S. Respuesta
humoral y consecuencias reproductivas en ovejas desafiadas con Brucella ovis al
final de la gestación. Rev Argent Microbiol (2013) 45: 13-20
• Vidor, A.C.M., Santos, D. V., Kohek, I.Jr., Machado, G.,
Miranda, I.C.S., Hein,E.H., Stein, M.C., Corbellini, L.G. Resumo: Estudo
epidemiológico para determinar a prevalência da brucelose ovina em machos no
estado do Rio Grande do Sul - Acta Scientiae Veterinariae. 40 (Supl 2): s61-s145, UFRGS-ENEPI 2012
• World Organization for Animal Health (OIE) –
Disponibilizado em: htpp://www.oie.int
Artrite Encefalite Caprina (CAE)
A síndrome artrite-encefalite caprina (CAE) trata-se de uma doença multissistêmica crônica dos caprinos causada por um vírus pertencente à família lentivirinae. Atinge diretamente a produtividade do rebanho, pois os animais infectados apresentam queda na produção leiteira e diminuição do desempenho reprodutivo, ocasionando altas taxas de descarte na propriedade. A infecção com o vírus é bastante disseminada não tendo prevalência sobre raça ou idade.
A principal manifestação clínica é a poliartrite crônica , ou seja , mais de cinco articulações inflamadas ao mesmo tempo
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo
Dentre os achados clínicos são encontrados problemas nas articulações dos animais como a artrite, que se estabelece de forma súbita, uni ou bilateral, acometendo as articulações do carpo e do tarso. A artrite pode ser acompanhada por um aumento de volume e endurecimento do úbere, bem como uma pneumonia intersticial.
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo
TRATAMENTO
Não há tratamento específico e os sintomas dos animais acometidos tendem a se agravar com o decorrer do tempo. O descarte é recomendado visto que o animal é uma fonte de infecção


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Clínica de ovinos e caprinos - D.G. Pugh - ed. ROCA, 2005
Clínica Veterinária - Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos, e Eqüinos - Blood C. Douglas; Otto M. Radostits; Clive C. Gay; Kennethy W. Hinchcliff - ed. Guanabara, 2002.
Avaliação da taxa de ocorrência da artrite encefalite caprina a vírus pelas regionais do escritório de defesa agropecuária do Estado de São Paulo, Brasil, e seu mapeamento por meio de sistema de informações geográficas - B.L.S. Leite1, J.R. Modolo1, C.R. Padovani2, A.V.M. Stachissini1, R.S. de Castro3, L.B. Simões2 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, CP 524, CEP 18618-000, Botucatu, SP, Brasil, 2004.
Paulo Roberto
Oestrose ovina ou "bicho da cabeça"
A oestrose ou, como é comumente conhecida, "bicho da cabeça", é uma enfermidade causada pela mosca Oestrus ovis, um parasita que ocorre no mundo inteiro onde há rebanhos ovinos. As larvas desta mosca são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos. A mosca adulta é larvípara e pode depositar na cavidade nasal dos ovinos até 500 larvas durante o seu ciclo biológico, porém no ambiente ela tem um curto período de vida: cerca de duas semanas, pois a mesma não possui aparelho bucal e, portanto não se alimenta e sobrevive apenas das reservas energéticas acumuladas durante a sua vida parasitaria.
Os ovinos parasitados espirram constantemente, não se alimentam bem, e, portanto, apresentam redução na produtividade. Alguns animais irritados pela larva deixam de se alimentar para tentar se proteger dos seus ataques, escondendo o focinho no solo ou entre a lã de outros carneiros, balançando a cabeça e espirrando.
Mosca está presente durante todos os meses do ano, mas as condições climáticas mais favoráveis para atividade da mosca foram observadas nos meses de primavera, verão e outono, época em que houve maior infestação dos animais pelas larvas
O controle da oestrose nos ovinos é feita com a utilização de antiparasitários de ação sistêmica, que tenham como princípio ativo as avermectinas ou triclorfone. É importante realizar o tratamento em animais com sinais clínicos desta enfermidade, onde vale ressaltar a importância de utilizar dosagem do medicamento recomendada pelo fabricante, visto que alguns princípios ativos dos antiparasitários são extremamente tóxicos e se administrados de forma errada podem levar o animal a óbito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARACAPPA, S.; RILLI, S.; ZANGHI, P.; DI MARCO, V.; DORCHIES, P. Epidemiology of ovine oestrosis (Oestrus ovis Linné 1761, Diptera: Oestridae) in Sicily. Vet. Parasitol., v.92, p.233-237, 2000.
Gaaboub, I.A. The distribution and seasonal dynamics of Oestrus ovis Linneu infesting the nasal cavities and sinuses of sheep in Egypt. Vet. Parasitol., v.4, p.79-82, 1978.
HALL, M. & WALL, R. Myiasis of humans and domestic animals. Adv. Parasitol., v.35, p.258-311, 1995.
PANDEY, V.S. Epidemiology of Oestrus ovis infection of sheep in the Highveld of Zimbabwe. Vet. Parasitol., v.31, p.275-280, 1989.
RAMOS, C.I.; BELLATO, V.; SOUZA, A.P.; AVILA, V.S.; COUTINHO, G.C.; DALAGNOL, C.A. Epidemiologia de Oestrus ovis (Díptera: Oestridae) em ovinos no Planalto Catarinense. Cienc. Rural, v.36, n.1, 2006.
RIBEIRO, V.L.S.; OLIVEIRA, C.M.B.; BRANCO, F.P.J.A. Prevalência e variações mensais das larvas de Oestrus ovis (Linneus, 1761) em ovinos no município de Bagé, RS, Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., v.42, p.211-221, 1990.
Yilma, J.M. & Dorchies, Ph. Epidemiology of Oestrus ovis in southwest France. Vet. Parasitol., v.40, p.315-323, 1991.
Paulo Roberto
Toxoplasmose
O Toxoplasma gondii, agente
causador da toxoplasmose é um protozoário de ciclo
de vida intracelular obrigatório, ou seja, só sobrevive dentro de uma célula
viva de seu hospedeiro.
A
toxoplasmose é um dos grandes causadores de abortos em ovinos, e alem disso
é uma ZOONOSE , uma doença que
pode ser transmitida pra seres humanos
através da ingestão de leite e carne crua de carneiro ou ovelha .Pessoas
contaminadas apresentam sintomas de febre , dores musculares e dores de intensidade variada na cabeça .
Por
ser uma das grandes causadoras de abortos e problemas reprodutivos em rebanhos
de ovinos é também uma importante fonte de prejuízo para criadores de pequenos
ruminantes, a doença tem uma maior incidência em animais mais velhos,
propriedades que tenham um mau controle sanitário e em climas quente e úmido onde
a doença se manifesta com maior
freqüência .
Contaminação
Geralmente gatos domésticos e selvagens, são os hospedeiros do
protozoário, que contaminam pastagens e água através das fezes que nelas contem
cistos do parasita. Os cistos já no aparelho digestivo liberam formas
contaminantes da toxoplasmose que vão para a corrente sanguínea
contaminando órgãos, principalmente coração, fígado e cérebro, onde
acontece sua proliferação.
Sintomas
Os animais podem apresentar anorexia, febre e perda de
peso, nas fêmeas causa aborto, falha na fecundação após cobertura ou
inseminação artificial.
Diagnostico
e tratamento
O diagnostico pode ser dado após um exame de sangue ou em
casos de aborto fazer exames laboratoriais de parasitose no feto e na placenta,
já o tratamento só precisa ser feito em animais imunodeprimidos, que é
utilizado a associação de sulfonamida e pirimetamina, em indivíduos gestantes
contaminados devem começar o tratamento imediatamente com espiramicina que
previne a transmissão do protozoário da mãe para o feto.

Linfadenite Caseosa (LC)
A Linfadenite Caseosa é uma doença
infecto-contagiosa conhecida também como “Mal do Caroço” ou “Falsa
Tuberculose”. É causada pela bactéria Corynebacterium
pseudotuberculosis, que acomete caprinos e ovinos e caracteriza-se pela
formação de abscessos contendo pus de cor amarelo-esverdeado e consistência
tipo queijo coalho.
A doença apresenta-se em duas formas: a
superficial e a visceral. Os abscessos localizam-se, inicialmente, nos
linfonodos, podendo ser na região da mandíbula, abaixo da orelha, na escápula,
no crural e na região mamária. Apresenta-se, também, nos gânglios internos
(mediastínicos, torácicos) e órgãos como os pulmões, o fígado e, em menor
escala, o baço, a medula e o sistema reprodutivo. Além dos caprinos e ovinos,
esta enfermidade causa linfangite ulcerativa em equídeos e abscessos
superficiais em bovinos, suínos, cervos e animais de laboratório.
A principal fonte de infecção é o
conteúdo dos abscessos que supuram e contaminam o ambiente. O conteúdo dos
abscessos é rico em C. pseudotuberculosis podendo infectar
diretamente outros animais ou ainda contaminar a água, o solo e os alimentos.
O Corynebacterium pseudotuberculosis pode permanecer no meio
ambiente por períodos de 4 a 8 meses, principalmente quando protegido do sol
direto, e morre quando exposto a 70°C, aos desinfetantes comuns, bem como ao
sol direto.
A porta de entrada são as feridas
superficiais na pele, mucosas, além dos linfonodos e/ou vasos linfáticos.
Como reconhecer
Os sinais clínicos caracterizam-se pela
presença de linfonodos periféricos aumentados de tamanho. Ocasionalmente, os
abscessos se rompem drenando pus espesso e esverdeado. Os abscessos medem
normalmente 4-5 cm, entretanto, podem chegar a 15 cm. A maioria dos animais com
lesões nos linfonodos não apresentam outros sinais clínicos, porém, alguns
animais com abscessos localizados nas vísceras das cavidades torácica ou
abdominal, podem apresentar emagrecimento progressivo, às vezes, denominado
como “doença da ovelha magra”.
Como tratar
O tratamento pode ser realizado com o
uso de antibióticos como a tetraciclina, a penicilina e a cefalosporina, porém,
a distribuição dos mesmos nos abscessos é pequena, dificultando o processo de
cura pela pouca habilidade de passar pela cápsula do abscesso e porque a
bactéria possui localização intracelular. Portanto, não se recomenda o
tratamento com antibióticos para os casos de Linfadenite Caseosa.
Como evitar
Em ovinos as medidas de controle da
doença consistem em eliminar os animais doentes e evitar novas infecções,
através de medidas higiênicas e de desinfecção dos instrumentos de tosquia,
castração e assinalação. Essas técnicas devem ser realizadas em locais limpos e
onde seja possível a desinfecção. Os ovinos jovens devem ser tosquiados antes
dos adultos. Em rebanhos infectados deve evitar-se banhar imediatamente após a
tosquia. Vacinas contendo células bacterianas e/ou toxóides empregadas em
ovinos são parcialmente eficientes, diminuindo significativamente o número de
animais com abscessos.


Referência: Vallée
Tainá Oliveira
Ectima Contagioso
É uma doença infecciosa
contagiosa causada por vírus, que acomete ovinos e caprinos e ocorre com mais
freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos. é
caracterizada pelo aparecimento de crostas na boca, podendo estender-se ao
focinho, orelhas, pálpebras e raramente ao aparelho genital e coroa dos cascos.
é conhecida também por Dermatite Pustular Contagiosa ou Boqueira.
A transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto. O vírus pode
persistir por vários anos nas pastagens ou instalações.
Como reconhecer
O primeiro sinal é o
aparecimento de manchas vermelhas que se transformam em vesículas e depois de 2
a 3 dias em pústulas que se rompem e secam formando uma crosta escura
semelhante a verruga. Depois de 10 dias estas crostas caem deixando a pele
sujeita a infecções secundárias. Além dos lábios, pode haver formação de
pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios
ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar,
emagrecendo rapidamente.
Como tratar
A infecção é em geral
autolimitante. Nas vesículas deve-se passar glicerina iodada e pomadas
cicatrizantes diariamente até que elas sequem. é muito importante isolar os
animais. O tratador deve se precaver utilizando luvas no momento de cuidar dos
animais.
Como evitar
É prevenida pela
manutenção do rebanho isento do vírus, mediante a não introdução de animais
infectados.
A vacinação deverá ser
feita em todo rebanho, e em todos os cordeiros nascidos após dois meses de
vida, e deve ser aplicada por via cutânea, fazendo-se uma pequena escarificação
na parte interna da coxa.

Referência: Vallée
Tainá Oliveira
Scrapie
A Scrapie é uma Encefalopatia
Espongiforme Transmissível, causada pelo acúmulo de uma proteína anormal,
denominada Príon, associada à Scrapie (PrPsc). Esse prion é resultado de uma
alteração de conformação da molécula normal e é codificado pelo próprio
hospedeiro.
A doença é caracterizada pelo surgimento de prurido constante que leva o animal infectado a esfregar-se em cercas de contenção ou árvores, seguindo-se a queda da lã e o desenvolvimento de dermatite caracterizado por quadros subagudo e crônico de eczematização.
Existem duas formas clínicas da doença: a forma pruriginosa e a forma nervosa, de acordo com a predominância de sinais sensitivos ou motores.
Sintomas
Entre os principais sintomas
estão hiperexcitabilidade, ranger de dentes, incoordenação motora e morte.
A evolução da doença é lenta, levando o animal ao estado de caquexia,
paralisia, movimento excessivo ou estresse ao manejo; o animal pode tremer ou
cair em estado convulsivo. No cérebro, foram observadas áreas de perda neuronal
e ausência de resposta do sistema imunológico, além de ocorrer degeneração de
tecidos de sistema nervoso central.
Contaminação
Ovinos e Caprinos usualmente contraem o agente infeccioso da scrapie por ingestão de placenta ou fluidos contaminados, sendo a transmissão materna o modo principal de disseminação do agente.
Tratamento
Os animais infectados devem ser sacrificados.
Prevenção
Medidas preventivas: controle do
manejo reprodutivo (utilizar um local específico para a parição, de preferência
um compartimento individual com piso cimentado); logo após o parto, os restos
placentários devem ser retirados e incinerados, manter um banco de dados sobre
a entrada e saída de animais do rebanho, o que é de grande importância para uma
futura investigação epidemiológica e a rastreabilidade dos ovinos no País.



Referências Bibliográficas
http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/scrapie-43801n.aspx
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/DOENCA%20DOS%20CAPRINOS%20E%20OUVINOS.pdf
Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In: Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh DG. Scrapie. São Paulo: ROCA, 2004.
Thales Marques
Brucelose


Tainá Oliveira
Ceratoconjuntivite
infecciosa ovina
É uma doença infecciosa e contagiosa caracterizada por
inflamação aguda da conjuntiva e córnea, acometendo animais de todas as idades
e sexo.
Atualmente considera-se que é causada, principalmente pela bactéria
Mycoplasma conjuncitivae, mas diversos outros microrganismos têm sido
responsabilizados como agentes da doença. As moscas e outros insetos são os
agentes transportadores da bactéria para os animais, sendo a transmissão
favorecida pela poeira e pela concentração de animais.
Como reconhecer
Animais apresentam-se com conjuntivite, lacrimejamento excessivo,
fotofobia, descargas oculares purulentas, opacidade e ulceração da córnea, em
casos avançados. A gravidade varia de um indivíduo para outro, podendo, inclusive,
ambos os olhos quando afetados, apresentarem quadros diversos.
As perdas econômicas causadas por essa doença estão associadas à
perda ou menores ganhos de peso, diminuição da produção de lã e gastos com
medicamentos e manejo do rebanho.
Como tratar
Para o tratamento utilizam-se pomadas oftálmicas ou colírios à base
de antibiótico como tetraciclinas e tylosina. Entretanto, a cura espontânea
ocorre na maioria dos animais.
Como evitar
Isolar os animais doentes e evitar ferimentos nos olhos dos animais
Ceratoconjuntivite infecciosa ovina
Referência: Vallée
Tainá Oliveira
Febre Aftosa
A febre aftosa é
uma doença de natureza aguda, febril e ataca animais biungulados (casco com
duas unhas), dentre eles bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos e alguns
animais silvestres, como a capivara. Caracteriza-se, principalmente, por ser
uma doença altamente contagiosa.
CONTAMINAÇÃO – O
aftovírus é transmitido por leite, carne e saliva do animal doente, mas também
é transmissível por água, ar, objetos e ambientes contaminados. Os animais
atingidos são bois, porcos, cabras e ovelhas.
SINTOMAS – A
elevação da temperatura e a diminuição do apetite são os primeiros indícios da
infecção. O vírus ataca boca, língua, estômago, intestinos, pele em torno das
unhas e na coroa. No início, há febre com papulas que se transformam em
pústulas, em vesículas, que se rompem e dão aftas na língua, lábios, gengivas e
entre os cascos, o animal baba muito e tem dificuldade de se alimentar. Devido
às lesões entre os cascos, o animal tem dificuldade de se locomover. Nos dois
primeiros dias, a infecção progride pelo sangue produzindo febre: depois
aparecem as vesículas na boca e no pé. Também surgem nas tetas. Então, a febre
desaparece, porém, a produção de leite cai e a manqueira aparece, bem como a
mamite com todas as suas graves consequências. Provoca queda acentuada na
produção de carne, leite e redução da fertilidade do rebanho.
TRATAMENTO – Não existe tratamento e sim medidas profiláticas específicas pelo uso de vacinas. A vacinação no Brasil contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos é obrigatória em alguns Estados, obedecendo a um calendário oficial e anual do Serviço de Defesa Sanitária Estadual do Ministério da Agricultura, onde se determinam os meses das campanhas para vacinação dos animais. Em datas específicas, são realizadas outras campanhas, que variam de estado para estado, onde são vacinados os animais até os 12 meses de idade, todas as faixas etárias e até os 24 meses de idade.
Referência: Scielo
Tainá Oliveira
Raiva
A raiva é uma doença aguda do
sistema nervoso central, que pode acometer todos os mamíferos, inclusive
humanos. No Brasil, o principal transmissor aos homens é o cão, mas os
morcegos, cada vez mais, tornam-se responsáveis pela manutenção do vírus no
ambiente silvestre. A doença está listada como uma das principais enfermidades
comuns a várias espécies.
Contaminação
A transmissão ocorre quase sempre
por meio da mordida ou do contato de ferimentos por saliva de animais
infectados. O vírus Rabies
Vírus se encontra em alta quantidade na saliva, excreções e secreções,
além do sangue.
Sinais Clínicos
Atinge o sistema nervoso de bois,
cabritos, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cães. O primeiro sintoma é o
afastamento do animal do resto do rebanho seguido de coceira na região mordida,
perturbação dos sentidos, tristeza, indiferença, baba espumante e viscosa com
sinais que sugerem engasgo, movimentos desordenados da cabeça, manifestação de
tremores musculares e ranger de dentes, movimentos de pedalagem dos posteriores
e anteriores. Na maioria dos casos a doença causa a morte do animal entre o
terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas.
Ovinos e
caprinos podem manifestar vários sintomas, inclusive apatia ou excitação,
anorexia, nistagmo e espasmo muscular. Os carneiros podem exibir excitação
sexual. Caprinos e ovinos podem também, tornarem-se agressivos atacando objetos
e pessoas. Em geral, o curso da doença evolui na forma de paralisia ascendente
que inicialmente pode parecer déficit proprioceptivo (paralisia de posterior,
flexão articular), ataxia e paralisia de pênis e cauda. A paralisia de faringe
resulta em sialorréia. A doença evolui para decúbito, convulsões e morte dentro
de 7 a 10 dias.
Diagnóstico
A raiva deve
fazer parte da lista de diagnóstico diferencial de todos os casos neurológicos.
Quando há suspeita em função de sinais clínicos, as autoridades sanitárias
devem ser notificadas e a cabeça ou cérebro do animal devem ser enviados ao
laboratório para diagnóstico.
Tratamento
Não há
tratamento para a doença, o animal deve ser sacrificado.
Referências Bibliográficas
Domingues PF, Langoni H. Manejo Sanitário Animal.
In: Domingues PF, Langoni H. Raiva. 1aed. Rio de Janeiro: EPUB, 2001. p.207.
Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In: Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh DG. Raiva. São Paulo: ROCA, 2004. p.331.
Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In: Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh DG. Raiva. São Paulo: ROCA, 2004. p.331.
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/DOENCA%20DOS%20CAPRINOS%20E%20OUVINOS.pdf
Thales Marques
Pododermatite
A pododermatite contagiosa,
conhecida por podridão-dos-cascos, manqueira ou mal do casco, é uma doença
responsável por grandes prejuízos econômicos. A associação de determinadas
espécies de bactérias com a umidade do solo é responsável pelo aparecimento
dessa enfermidade. Assim, pastos encharcados, instalações úmidas e áreas
superlotadas são fatores que contribuem para o aparecimento da doença em um
rebanho.
Sintomas:
A manqueira é o sintoma inicial
bem característico nos casos de pododermatite. Dependendo da gravidade das
lesões, o animal poderá não se manter em pé, permanecendo deitado a maior parte
do tempo. Geralmente, observam-se aumento da temperatura, edema (inchaço) e
rubor (vermelhidão) entre os cascos. Quando não tratadas, as lesões, podem
evoluir, desenvolvendo a formação de material purulento e fétido e, não muito
raro, o deslocamento dos cascos (forma grave da doença). A perda de peso é
comum, especialmente em sistemas extensivos de exploração, uma vez que os
animais têm dificuldade para locomover-se em busca de alimento.
Tratamento:
Isolar todos os animais com
manqueira em baias secas e limpas.
Limpar os cascos afetados,
observando o local da lesão.
Retirar todo tecido necrótico e
purulento, limpando a ferida com água e sabão. Em seguida, mergulhar os cascos
em solução desinfetante ou fazer aplicação local de pomadas antibióticas.
Em caso de surtos, fazer o
tratamento utilizando-se o pedilúvio para uma maior praticidade de manejo.
Medidas de controle e prevenção:
Evitar o acesso e a permanência
dos animais em pastos encharcados e pisos excessivamente úmidos.
Fazer o casqueamento dos animais
duas vezes por ano, no início e final da época seca, passando-os, em seguida,
pelo pedilúvio.
Descartar todos os animais
que apresentem problemas crônicos nos cascos.
Construir pedilúvios nas
cancelas que dão acesso às instalações.
Referências: Dia de Campo; Embrapa
Tainá Oliveira
Tainá Oliveira
DERMATOMICOSE
A dermatomicose
é uma doença infectocontagiosa causada por fungos parasitas conhecidos como
dermatófitos, sendo mais comum á regiões quentes e úmidas, já que o calor
favorece a sua propagação. Essa infecção da pele acomete a maioria das
espécies, mas principalmente ovinos e caprinos. Consiste em uma infecção nas partes superficiais do corpo, o que não leva a grandes prejuízos econômicos no
caso de animais infectados. Porém,causa agitação devido ao prurido
(coceira) provocado por ela, resultando na queda no ganho de peso dos animais.
SINTOMAS
Os sintomas consistem em:
perda de pelo, descamação, aspecto ressecado e prurido. Geralmente essas manifestações
ocorrem na cabeça e pescoço, mas caso não seja diagnosticado e tratado, se
espalha para outras regiões do corpo do animal.
TRATAMENTO
A pulverização ou banhos
de fungicidas é o mais recomendado para os casos onde um grande número de
animais foi afetado, como nos rebanhos. Os animais precisam ser isolados e o
ambiente e os utensílios utilizados no manejo dos animais em questão, devem
passar por uma desinfecção. Para minimizar as ações dos esporos, uma boa
ventilação também contribui.
![]() |
Caprinos e ovinos infectados pelo fungo, A: região lombar, B: orelhas C: região lombar caudal, D: cabeça e orelhas. |
Referências: Vallée doenças, Revista Veterinária, Info Escola.
Nathálya Reis
oi. eu trouxe uma ovelha para minha casa com dois dias de nascido porque a mãe a rejeitou, já tem doze dias que ela ta aqui em casa, mas estou notando que o queixo dela ta despelando e criando alguns caroços não sei o que é, más estou achando que é o leite de gado que estou dando para ela. será que isso que ela tem é normal? você pode me responder?
ResponderExcluirConsegui diagnosticar a doença em um cabrito, valeu.
ResponderExcluirIzabel Rocha 23 de agosto de 2017 12:14 Consegui fazer uma parte do meu trabalho escolar.Valeu.
ResponderExcluirIzabel Rocha 23 de agosto de 2017 12:14 Consegui fazer uma parte do meu trabalho escolar.Valeu.
ResponderExcluirboa noite minha carneira esta com um caroço grande no peito alguem pode me ajudar
ResponderExcluirLinfadenite Caseosa (LC), não?
ExcluirBoa tarde gostaria de saber tenho um carneiro com um ano , derrepente ele apresentou dificuldades pra andar , sendo as patas estão quase sem movimento , por favor me ajude será que consigo salvar o carneringo
ResponderExcluirTenho um carneiro ele. Entrevou todos os nembros
ResponderExcluirTenho um carneiro ele. Entrevou todos os nembros
ResponderExcluirMeu amigo tem um carneiro ele nao conseguia ficar em pe e de repente virou a cabeca para costa sera que doenca e essa?
ResponderExcluirMeu amigo tem um carneiro ele nao conseguia ficar em pe e de repente virou a cabeca para costa sera que doenca e essa?
ResponderExcluirOlá bom dia.
ResponderExcluirPor gentileza, qualquer caroço que surje em caprinos é o mal do caroço?
Ou há outras causas para surgir caroço em caprinos e ovinos?
Obrigado
Se for nos locais dos glandios linfáticos é mais privavel q seja linfadenite
ExcluirBoa noite,tudo bem?
ResponderExcluirMeu irmão tem um carneirinho,e ele está com uma bola na garganta,mais e interna,é como se fosse caxumba,Está bem inchado,estamos muito preocupados,mais não temos condição de pagar veterinário,poderia nós ajudar a identificar o problema dele ?
Desde já agradeço 😘
Provavelmente verninose...
Excluireu tenho uma cabritinha de 31 dias, quando ela estava com 21 dias de vida ela apresentou um canso e se negava a mamar com o passar dos dias toda vez que ingeria leite ela enfraquecia parou de comer mas o veterinário disse que era anemia. contudo, ela não melhorou com a medicação...chegando a ponto de não se permitir a comer ela geme de dor e outro veterinário disse que ela esta com barriga dágua e passou remédio pra verme. a cada momento ela piora e eu não sei o que fazer por ela.
ResponderExcluirTenhoTenho uma cabra tem uma ferida na vagina começou com uma veruga hoje ta enorme como curar
ResponderExcluirTenhoumacabritaestamancandooquedevofaser
ResponderExcluirOq acontece a carneira deu cria tava bem agora deu tipo uma peste cai e n levanta mais oq possa que seja ?
ResponderExcluirOlá tenho uma ovelha que de uns dias para cá ela ta inquieta parecendo sentir dor na cabeça e hj observei que os olhos dela estão inchados o que sera
ResponderExcluirOlá tenho uma ovelha que de uns dias para cá ela ta inquieta parecendo sentir dor na cabeça e hj observei que os olhos dela estão inchados o que sera
ResponderExcluirOla
ResponderExcluirEstou com uma ovelha que esta com a orelha muito inchada
Nao tem nem um sinal algum a mais???
O que pode ser
Eu crio carneiro da raça doper, e um deles esta triste separado do rebanho oque pode ser.
ResponderExcluirAbraco
Qual é tipo de doença para bodes que estão emagrecendo muito e perdendo pelo
ResponderExcluirTenho um cordeiro que está triste sem se alimentar direito, aparentemente não apresenta nenhum outro sintoma, o que pode ser?
ResponderExcluirUm caprino com o queixo encjado e parte da gola tambėm o que pode ser e qual o tartamento adequado
ResponderExcluirBom dia tenho um bode ele está com inchaço na barriga e está crescendo muito o que eu faço
ResponderExcluirTenho um ovelha que ela ficou esguia e agora está caindo dos quartos anda mas muita dificuldade o que será.
ResponderExcluirbom dia!
ResponderExcluirestou com um carneiro que está apresentando alguns sintomas como: perca de peso, cerrando os dentes e saindo liquido pela boca e pela venta, poderia nos ajudar com tal problema
Tenho uma cabrita estava bem De repente caiu virou a cabeça pra cima não quer levantar o que sera é o que posso dar pra ela
ResponderExcluirNois conseguimos controlar o bicho da cabeça com dectomax
ResponderExcluirO dectomax ajuda a combater o vírus do bicho da cabeça
ResponderExcluirPeço ajuda, por favor.. tenho um bode filhote. Ele tem 1 mês de nascido, órfão, a mãe morreu 2 dias depois dele nascer e estamos criando injetado, fazem 15 dias que está com diarréia, ranje várias vezes os dentes... nasceu sem se pôr de pé,mas agora pula até demais.qudria saber k motivo de tantos dias com diarréia ...
ResponderExcluirBoa noite pessoal,alguém sabe me falar se posso usar nimesulida e corticoide em caprinos?
ResponderExcluirBom dia pessoal estou com um bode que ele está andando e caindo dos quartos o que eu faço
ResponderExcluirEstou com um borrego com paralisia, que medicamento posso da
ResponderExcluirEstou com um carneiro de três meses,ele esta com o penes pendurado desde um mês de nascido e esta bwm enflamado e não volta pra dentro. Alguem tem alguma solução? O que faser?
ResponderExcluirOi eu tenho um bode capado e apareceu um ferimento no local da capaçao o quw fazer
ResponderExcluirOla minha ovelha ta com espuma branca sujo na boca come e bebe faz fezes normais que sera ajudem e de estimação obrigada
ResponderExcluirBoa noite, tenho uma carneira que acabou de criar mas a cria morreu e a carneira parou de andar oq posso fazer ?
ResponderExcluirMeu carneiro tá com o pênis inchado o que pode ser
ResponderExcluirMatéria rica
ResponderExcluirMatéria rica
ResponderExcluir