Doenças


Artrite Encefalite Caprina (CAE)

A síndrome artrite-encefalite caprina (CAE) trata-se de uma doença multissistêmica crônica dos caprinos causada por um vírus pertencente à família lentivirinae. Atinge diretamente a produtividade do rebanho, pois os animais infectados apresentam queda na produção leiteira e diminuição do desempenho reprodutivo, ocasionando altas taxas de descarte na propriedade. A infecção com o vírus é bastante disseminada não tendo prevalência sobre raça ou idade.

SINAIS CLÍNICOS
A principal manifestação clínica é a poliartrite crônica , ou seja , mais de cinco articulações inflamadas ao mesmo tempo
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo
Dentre os achados clínicos são encontrados problemas nas articulações dos animais como a artrite, que se estabelece de forma súbita, uni ou bilateral, acometendo as articulações do carpo e do tarso. A artrite pode ser acompanhada por um aumento de volume e endurecimento do úbere, bem como uma pneumonia intersticial.
Caprino infectado pelo vírus da CAE apresentando a forma clínica articular da enfermidade: artrite da articulação do carpo

TRATAMENTO
Não há tratamento específico e os sintomas dos animais acometidos tendem a se agravar com o decorrer do tempo. O descarte é recomendado visto que o animal é uma fonte de infecção





















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Clínica de ovinos e caprinos - D.G. Pugh - ed. ROCA, 2005

 Clínica Veterinária - Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos, e Eqüinos - Blood C. Douglas; Otto M. Radostits; Clive C. Gay; Kennethy W. Hinchcliff - ed. Guanabara, 2002. 

Avaliação da taxa de ocorrência da artrite encefalite caprina a vírus pelas regionais do escritório de defesa agropecuária do Estado de São Paulo, Brasil, e seu mapeamento por meio de sistema de informações geográficas - B.L.S. Leite1, J.R. Modolo1, C.R. Padovani2, A.V.M. Stachissini1, R.S. de Castro3, L.B. Simões2 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, CP 524, CEP 18618-000, Botucatu, SP, Brasil, 2004.


Paulo Roberto

Oestrose ovina ou "bicho da cabeça"


A oestrose ou, como é comumente conhecida, "bicho da cabeça", é uma enfermidade causada pela mosca Oestrus ovis, um parasita que ocorre no mundo inteiro onde há rebanhos ovinos. As larvas desta mosca são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos. A mosca adulta é larvípara e pode depositar na cavidade nasal dos ovinos até 500 larvas durante o seu ciclo biológico, porém no ambiente ela tem um curto período de vida: cerca de duas semanas, pois a mesma não possui aparelho bucal e, portanto não se alimenta e sobrevive apenas das reservas energéticas acumuladas durante a sua vida parasitaria.


SINAIS CLÍNICOS
Os ovinos parasitados espirram constantemente, não se alimentam bem, e, portanto, apresentam redução na produtividade. Alguns animais irritados pela larva deixam de se alimentar para tentar se proteger dos seus ataques, escondendo o focinho no solo ou entre a lã de outros carneiros, balançando a cabeça e espirrando.


PERÍODO COM MAIOR INFESTAÇAO DA LARVA
Mosca está presente durante todos os meses do ano, mas as condições climáticas mais favoráveis para atividade da mosca foram observadas nos meses de primavera, verão e outono, época em que houve maior infestação dos animais pelas larvas


TRATAMENTO
O controle da oestrose nos ovinos é feita com a utilização de antiparasitários de ação sistêmica, que tenham como princípio ativo as avermectinas ou triclorfone. É importante realizar o tratamento em animais com sinais clínicos desta enfermidade, onde vale ressaltar a importância de utilizar dosagem do medicamento recomendada pelo fabricante, visto que alguns princípios ativos dos antiparasitários são extremamente tóxicos e se administrados de forma errada podem levar o animal a óbito.































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARACAPPA, S.; RILLI, S.; ZANGHI, P.; DI MARCO, V.; DORCHIES, P. Epidemiology of ovine oestrosis (Oestrus ovis Linné 1761, Diptera: Oestridae) in Sicily. Vet. Parasitol., v.92, p.233-237, 2000. 

Gaaboub, I.A. The distribution and seasonal dynamics of Oestrus ovis Linneu infesting the nasal cavities and sinuses of sheep in Egypt. Vet. Parasitol., v.4, p.79-82, 1978. 

HALL, M. & WALL, R. Myiasis of humans and domestic animals. Adv. Parasitol., v.35, p.258-311, 1995.

 PANDEY, V.S. Epidemiology of Oestrus ovis infection of sheep in the Highveld of Zimbabwe. Vet. Parasitol., v.31, p.275-280, 1989.

 RAMOS, C.I.; BELLATO, V.; SOUZA, A.P.; AVILA, V.S.; COUTINHO, G.C.; DALAGNOL, C.A. Epidemiologia de Oestrus ovis (Díptera: Oestridae) em ovinos no Planalto Catarinense. Cienc. Rural, v.36, n.1, 2006. 

RIBEIRO, V.L.S.; OLIVEIRA, C.M.B.; BRANCO, F.P.J.A. Prevalência e variações mensais das larvas de Oestrus ovis (Linneus, 1761) em ovinos no município de Bagé, RS, Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., v.42, p.211-221, 1990. 

Yilma, J.M. & Dorchies, Ph. Epidemiology of Oestrus ovis in southwest France. Vet. Parasitol., v.40, p.315-323, 1991.

Paulo Roberto



Toxoplasmose


O Toxoplasma gondii, agente causador da toxoplasmose é um protozoário de ciclo de vida intracelular obrigatório, ou seja, só sobrevive dentro de uma célula viva de seu hospedeiro.
A toxoplasmose é um dos grandes causadores de abortos em ovinos, e alem  disso    é uma ZOONOSE  , uma doença que pode ser transmitida pra seres humanos  através da ingestão de leite e carne crua de carneiro ou ovelha .Pessoas contaminadas apresentam sintomas de febre , dores musculares e dores  de intensidade variada  na cabeça .
Por ser uma das grandes causadoras de abortos e problemas reprodutivos em rebanhos de ovinos é também uma importante fonte de prejuízo para criadores de pequenos ruminantes, a doença tem uma maior incidência em animais mais velhos, propriedades que tenham um mau controle sanitário e em climas quente e úmido onde a doença se manifesta com maior  freqüência .

Contaminação
Geralmente gatos domésticos e selvagens, são os hospedeiros do protozoário, que contaminam pastagens e água através das fezes que nelas contem cistos do parasita. Os cistos já no aparelho digestivo liberam formas contaminantes da toxoplasmose que vão para a corrente sanguínea contaminando  órgãos,  principalmente coração, fígado e cérebro, onde acontece sua proliferação. 


Sintomas
Os animais podem apresentar anorexia, febre e perda de peso, nas fêmeas causa aborto, falha na fecundação após cobertura ou inseminação artificial. 

Diagnostico e tratamento

O diagnostico pode ser dado após um exame de sangue ou em casos de aborto fazer exames laboratoriais de parasitose no feto e na placenta, já o tratamento só precisa ser feito em animais imunodeprimidos, que é utilizado a associação de sulfonamida e pirimetamina, em indivíduos gestantes contaminados devem começar o tratamento imediatamente com espiramicina que previne a transmissão do protozoário da mãe para o feto. 
                                         
Pedro Pires






Linfadenite Caseosa (LC)

A Linfadenite Caseosa é uma doença infecto-contagiosa conhecida também como “Mal do Caroço” ou “Falsa Tuberculose”. É causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis, que acomete caprinos e ovinos e caracteriza-se pela formação de abscessos contendo pus de cor amarelo-esverdeado e consistência tipo queijo coalho.

A doença apresenta-se em duas formas: a superficial e a visceral. Os abscessos localizam-se, inicialmente, nos linfonodos, podendo ser na região da mandíbula, abaixo da orelha, na escápula, no crural e na região mamária. Apresenta-se, também, nos gânglios internos (mediastínicos, torácicos) e órgãos como os pulmões, o fígado e, em menor escala, o baço, a medula e o sistema reprodutivo. Além dos caprinos e ovinos, esta enfermidade causa linfangite ulcerativa em equídeos e abscessos superficiais em bovinos, suínos, cervos e animais de laboratório.

A principal fonte de infecção é o conteúdo dos abscessos que supuram e contaminam o ambiente. O conteúdo dos abscessos é rico em C. pseudotuberculosis podendo infectar diretamente outros animais ou ainda contaminar a água, o solo e os alimentos. O Corynebacterium pseudotuberculosis pode permanecer no meio ambiente por períodos de 4 a 8 meses, principalmente quando protegido do sol direto, e morre quando exposto a 70°C, aos desinfetantes comuns, bem como ao sol direto.
A porta de entrada são as feridas superficiais na pele, mucosas, além dos linfonodos e/ou vasos linfáticos. 

Como reconhecer
Os sinais clínicos caracterizam-se pela presença de linfonodos periféricos aumentados de tamanho. Ocasionalmente, os abscessos se rompem drenando pus espesso e esverdeado. Os abscessos medem normalmente 4-5 cm, entretanto, podem chegar a 15 cm. A maioria dos animais com lesões nos linfonodos não apresentam outros sinais clínicos, porém, alguns animais com abscessos localizados nas vísceras das cavidades torácica ou abdominal, podem apresentar emagrecimento progressivo, às vezes, denominado como “doença da ovelha magra”.

Como tratar
O tratamento pode ser realizado com o uso de antibióticos como a tetraciclina, a penicilina e a cefalosporina, porém, a distribuição dos mesmos nos abscessos é pequena, dificultando o processo de cura pela pouca habilidade de passar pela cápsula do abscesso e porque a bactéria possui localização intracelular. Portanto, não se recomenda o tratamento com antibióticos para os casos de Linfadenite Caseosa.

Como evitar

Em ovinos as medidas de controle da doença consistem em eliminar os animais doentes e evitar novas infecções, através de medidas higiênicas e de desinfecção dos instrumentos de tosquia, castração e assinalação. Essas técnicas devem ser realizadas em locais limpos e onde seja possível a desinfecção. Os ovinos jovens devem ser tosquiados antes dos adultos. Em rebanhos infectados deve evitar-se banhar imediatamente após a tosquia. Vacinas contendo células bacterianas e/ou toxóides empregadas em ovinos são parcialmente eficientes, diminuindo significativamente o número de animais com abscessos.
                              

                

Referência: Vallée
Tainá Oliveira




Ectima Contagioso 

É uma doença infecciosa contagiosa causada por vírus, que acomete ovinos e caprinos e ocorre com mais freqüência nos animais jovens podendo, entretanto, atingir também os adultos. é caracterizada pelo aparecimento de crostas na boca, podendo estender-se ao focinho, orelhas, pálpebras e raramente ao aparelho genital e coroa dos cascos. é conhecida também por Dermatite Pustular Contagiosa ou Boqueira.

A transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto. O vírus pode persistir por vários anos nas pastagens ou instalações.

Como reconhecer
O primeiro sinal é o aparecimento de manchas vermelhas que se transformam em vesículas e depois de 2 a 3 dias em pústulas que se rompem e secam formando uma crosta escura semelhante a verruga. Depois de 10 dias estas crostas caem deixando a pele sujeita a infecções secundárias. Além dos lábios, pode haver formação de pústulas na gengiva, narinas, úbere e em outras partes do corpo. Os lábios ficam engrossados, sensíveis e os cabritos têm dificuldade de se alimentar, emagrecendo rapidamente. 

Como tratar
A infecção é em geral autolimitante. Nas vesículas deve-se passar glicerina iodada e pomadas cicatrizantes diariamente até que elas sequem. é muito importante isolar os animais. O tratador deve se precaver utilizando luvas no momento de cuidar dos animais.

Como evitar
É prevenida pela manutenção do rebanho isento do vírus, mediante a não introdução de animais infectados. 
A vacinação deverá ser feita em todo rebanho, e em todos os cordeiros nascidos após dois meses de vida, e deve ser aplicada por via cutânea, fazendo-se uma pequena escarificação na parte interna da coxa.


                                                    

Referência: Vallée
 Tainá Oliveira







Scrapie

A  Scrapie é uma Encefalopatia Espongiforme Transmissível, causada pelo acúmulo de uma proteína anormal, denominada Príon, associada à Scrapie (PrPsc). Esse prion é resultado de uma alteração de conformação da molécula normal e é codificado pelo próprio hospedeiro.

A doença é caracterizada pelo surgimento de prurido constante que leva o animal infectado a esfregar-se em cercas de contenção ou árvores, seguindo-se a queda da lã e o desenvolvimento de dermatite caracterizado por quadros subagudo e crônico de eczematização.

Existem duas formas clínicas da doença: a forma pruriginosa e a forma nervosa, de acordo com a predominância de sinais sensitivos ou motores.

Sintomas

Entre os principais sintomas estão hiperexcitabilidade, ranger de dentes, incoordenação motora e morte. A evolução da doença é lenta, levando o animal ao estado de caquexia, paralisia, movimento excessivo ou estresse ao manejo; o animal pode tremer ou cair em estado convulsivo. No cérebro, foram observadas áreas de perda neuronal e ausência de resposta do sistema imunológico, além de ocorrer degeneração de tecidos de sistema nervoso central.

Contaminação

Ovinos e Caprinos usualmente contraem o agente infeccioso da scrapie por ingestão de placenta ou fluidos contaminados, sendo a transmissão materna o modo principal de disseminação do agente.

Tratamento

Os animais infectados devem ser sacrificados.

Prevenção

  Medidas preventivas: controle do manejo reprodutivo (utilizar um local específico para a parição, de preferência um compartimento individual com piso cimentado); logo após o parto, os restos placentários devem ser retirados e incinerados, manter um banco de dados sobre a entrada e saída de animais do rebanho, o que é de grande importância para uma futura investigação epidemiológica e a rastreabilidade dos ovinos no País.  



        

                                                    
                                


Referências Bibliográficas

http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/scrapie-43801n.aspx

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/DOENCA%20DOS%20CAPRINOS%20E%20OUVINOS.pdf


Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In: Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh DG. Scrapie. São Paulo: ROCA, 2004.

Thales Marques




Brucelose
A brucelose ovina (B.ovis) é uma doença infectocontagiosa que afeta somente ovinos, principalmente, os machos. É causada pela bactéria Brucella ovis (um coccobacillus Gram-negativo), cuja característica é causar epididimite, orquite e infertilidade nos carneiros e aborto nas ovelhas. Ocorre queda na qualidade do sêmen e a motilidade espermática é diminuída.

 A transmissão da doença se dá através da via venérea, durante a estação de monta e entre os machos por ocasião da libido, onde o contato íntimo entre eles é comum. A prática de machos montarem em machos e lamberem órgãos sexuais inicia na tenra idade dos carneiros e é nesta fase que a doença começa a ser transmitida, não sendo necessário o carneiro estar em idade de reprodução.  Recentes estudos evidenciam também a via congênita como meio de infecção, ocasionando mortalidade embrionária, abortos tardios, placentites e debilidade de cordeiros por ocasião do nascimento, levando à morte do recém-nascido. Os machos também se infectam ao cruzar com fêmeas que foram recentemente cobertas por carneiro doente. A transmissão também se dá através do leite materno durante a amamentação. Não há transmissão através do ambiente.

Ao contrário de outras bactérias do gênero Brucella, a Brucella ovis não é uma zoonose, portanto não é perigosa para os humanos. Não é transmitida para as pessoas através dos ovinos e nem da carne dos animais afetados, a qual pode ser consumida. Por outro lado, ela é muito contagiosa aos ovinos e quando presente no rebanho causa grandes perdas econômicas ao criador devido aos problemas reprodutivos que provoca. Ela deve ser combatida e controlada para que não aumente sua ocorrência.  

O perigo para esta doença se instalar no seu rebanho é constante e a aquisição de um animal doente pode custar muito caro para a sua criação. Geralmente a epididimite ovina é introduzida na criação através de carneiros infectados ou através do sêmen contaminado.

 Não existe cura eficaz para a brucelose ovina dos carneiros. Os machos doentes sempre serão portadores da enfermidade e por este motivo devem ser sacrificados. Fêmeas que mantiveram contato com machos contaminados podem transmitir a doença por dois meses, entretanto, elas não adoecem e curam após este período, geralmente após um novo ciclo estral.
                                
                                           





Referências Bibliográficas
 • Institute for International Cooperation in Animal Biologics. Ovine epididymitis: Brucella ovis – Disponibilizado em: http://www.cfsph.iastate.edu/Factsheets/pdfs/brucellosis_ovis.pdf. Acessado em out/2012
 • Paolicchi F., Nuñez M., Fiorentino M., Malena R., Trangoni M., Cravero S., Estein S. Respuesta humoral y consecuencias reproductivas en ovejas desafiadas con Brucella ovis al final de la gestación. Rev Argent Microbiol (2013) 45: 13-20
• Vidor, A.C.M., Santos, D. V., Kohek, I.Jr., Machado, G., Miranda, I.C.S., Hein,E.H., Stein, M.C., Corbellini, L.G. Resumo: Estudo epidemiológico para determinar a prevalência da brucelose ovina em machos no estado do Rio Grande do Sul - Acta Scientiae Veterinariae. 40 (Supl 2): s61-s145, UFRGS-ENEPI 2012
 • World Organization for Animal Health (OIE) – Disponibilizado em: htpp://www.oie.int

Tainá Oliveira














Ceratoconjuntivite infecciosa ovina 
É uma doença infecciosa e contagiosa caracterizada por inflamação aguda da conjuntiva e córnea, acometendo animais de todas as idades e sexo.
Atualmente considera-se que é causada, principalmente pela bactéria Mycoplasma conjuncitivae, mas diversos outros microrganismos têm sido responsabilizados como agentes da doença. As moscas e outros insetos são os agentes transportadores da bactéria para os animais, sendo a transmissão favorecida pela poeira e pela concentração de animais. 

Como reconhecer
Animais apresentam-se com conjuntivite, lacrimejamento excessivo, fotofobia, descargas oculares purulentas, opacidade e ulceração da córnea, em casos avançados. A gravidade varia de um indivíduo para outro, podendo, inclusive, ambos os olhos quando afetados, apresentarem quadros diversos. 
As perdas econômicas causadas por essa doença estão associadas à perda ou menores ganhos de peso, diminuição da produção de lã e gastos com medicamentos e manejo do rebanho.

Como tratar
Para o tratamento utilizam-se pomadas oftálmicas ou colírios à base de antibiótico como tetraciclinas e tylosina. Entretanto, a cura espontânea ocorre na maioria dos animais. 

Como evitar
Isolar os animais doentes e evitar ferimentos nos olhos dos animais

Referência: Vallée

Tainá Oliveira







Febre Aftosa

A febre aftosa é uma doença de natureza aguda, febril e ataca animais biungulados (casco com duas unhas), dentre eles bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos e alguns animais silvestres, como a capivara. Caracteriza-se, principalmente, por ser uma doença altamente contagiosa.

CONTAMINAÇÃO – O aftovírus é transmitido por leite, carne e saliva do animal doente, mas também é transmissível por água, ar, objetos e ambientes contaminados. Os animais atingidos são bois, porcos, cabras e ovelhas.

SINTOMAS – A elevação da temperatura e a diminuição do apetite são os primeiros indícios da infecção. O vírus ataca boca, língua, estômago, intestinos, pele em torno das unhas e na coroa. No início, há febre com papulas que se transformam em pústulas, em vesículas, que se rompem e dão aftas na língua, lábios, gengivas e entre os cascos, o animal baba muito e tem dificuldade de se alimentar. Devido às lesões entre os cascos, o animal tem dificuldade de se locomover. Nos dois primeiros dias, a infecção progride pelo sangue produzindo febre: depois aparecem as vesículas na boca e no pé. Também surgem nas tetas. Então, a febre desaparece, porém, a produção de leite cai e a manqueira aparece, bem como a mamite com todas as suas graves consequências. Provoca queda acentuada na produção de carne, leite e redução da fertilidade do rebanho.

 TRATAMENTO – Não existe tratamento e sim medidas profiláticas específicas pelo uso de vacinas. A vacinação no Brasil contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos é obrigatória em alguns Estados, obedecendo a um calendário oficial e anual do Serviço de Defesa Sanitária Estadual do Ministério da Agricultura, onde se determinam os meses das campanhas para vacinação dos animais. Em datas específicas, são realizadas outras campanhas, que variam de estado para estado, onde são vacinados os animais até os 12 meses de idade, todas as faixas etárias e até os 24 meses de idade.


Referência: Scielo
Tainá Oliveira





Raiva


A raiva é uma doença aguda do sistema nervoso central, que pode acometer todos os mamíferos, inclusive humanos. No Brasil, o principal transmissor aos homens é o cão, mas os morcegos, cada vez mais, tornam-se responsáveis pela manutenção do vírus no ambiente silvestre. A doença está listada como uma das principais enfermidades comuns a várias espécies.

Contaminação


A transmissão ocorre quase sempre por meio da mordida ou do contato de ferimentos por saliva de animais infectados. O vírus Rabies  Vírus se encontra em alta quantidade na saliva, excreções e secreções, além do sangue.

Sinais Clínicos


Atinge o sistema nervoso de bois, cabritos, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cães. O primeiro sintoma é o afastamento do animal do resto do rebanho seguido de coceira na região mordida, perturbação dos sentidos, tristeza, indiferença, baba espumante e viscosa com sinais que sugerem engasgo, movimentos desordenados da cabeça, manifestação de tremores musculares e ranger de dentes, movimentos de pedalagem dos posteriores e anteriores. Na maioria dos casos a doença causa a morte do animal entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas.

Ovinos e caprinos podem manifestar vários sintomas, inclusive apatia ou excitação, anorexia, nistagmo e espasmo muscular. Os carneiros podem exibir excitação sexual. Caprinos e ovinos podem também, tornarem-se agressivos atacando objetos e pessoas. Em geral, o curso da doença evolui na forma de paralisia ascendente que inicialmente pode parecer déficit proprioceptivo (paralisia de posterior, flexão articular), ataxia e paralisia de pênis e cauda. A paralisia de faringe resulta em sialorréia. A doença evolui para decúbito, convulsões e morte dentro de 7 a 10 dias.


Diagnóstico

A raiva deve fazer parte da lista de diagnóstico diferencial de todos os casos neurológicos. Quando há suspeita em função de sinais clínicos, as autoridades sanitárias devem ser notificadas e a cabeça ou cérebro do animal devem ser enviados ao laboratório para diagnóstico.


Tratamento


Não há tratamento para a doença, o animal deve ser sacrificado.


Referências Bibliográficas

Domingues PF, Langoni H. Manejo Sanitário Animal. In: Domingues PF, Langoni H. Raiva. 1aed. Rio de Janeiro: EPUB, 2001. p.207.

Pugh DG. Clínica de ovinos e caprinos. In: Machen MR, Waldridge BM, Cebra C, Cebra M, Belknap EB, Williamson LH, Pugh DG. Raiva. São Paulo: ROCA, 2004. p.331.

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/DOENCA%20DOS%20CAPRINOS%20E%20OUVINOS.pdf



Thales Marques








Pododermatite


A pododermatite contagiosa, conhecida por podridão-dos-cascos, manqueira ou mal do casco, é uma doença responsável por grandes prejuízos econômicos. A associação de determinadas espécies de bactérias com a umidade do solo é responsável pelo aparecimento dessa enfermidade. Assim, pastos encharcados, instalações úmidas e áreas superlotadas são fatores que contribuem para o aparecimento da doença em um rebanho.

Sintomas:

A manqueira é o sintoma inicial bem característico nos casos de pododermatite. Dependendo da gravidade das lesões, o animal poderá não se manter em pé, permanecendo deitado a maior parte do tempo. Geralmente, observam-se aumento da temperatura, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) entre os cascos. Quando não tratadas, as lesões, podem evoluir, desenvolvendo a formação de material purulento e fétido e, não muito raro, o deslocamento dos cascos (forma grave da doença). A perda de peso é comum, especialmente em sistemas extensivos de exploração, uma vez que os animais têm dificuldade para locomover-se em busca de alimento. 

Tratamento:

Isolar todos os animais com manqueira em baias secas e limpas.
Limpar os cascos afetados, observando o local da lesão.
Retirar todo tecido necrótico e purulento, limpando a ferida com água e sabão. Em seguida, mergulhar os cascos em solução desinfetante ou fazer aplicação local de pomadas antibióticas.
 Em caso de surtos, fazer o tratamento utilizando-se o pedilúvio para uma maior praticidade de manejo.

Medidas de controle e prevenção:

Evitar o acesso e a permanência dos animais em pastos encharcados e pisos excessivamente úmidos.
Fazer o casqueamento dos animais duas vezes por ano, no início e final da época seca, passando-os, em seguida, pelo pedilúvio.
 Descartar todos os animais que apresentem problemas crônicos nos cascos.
 Construir pedilúvios nas cancelas que dão acesso às instalações.

Bactéria causadora da doença: Fusobacterium





Referências: Dia de Campo; Embrapa
Tainá Oliveira
                      






DERMATOMICOSE

A dermatomicose é uma doença infectocontagiosa causada por fungos parasitas conhecidos como dermatófitos, sendo mais comum á regiões quentes e úmidas, já que o calor favorece a sua propagação. Essa infecção da pele acomete a maioria das espécies, mas principalmente ovinos e caprinos. Consiste em uma infecção nas partes superficiais do corpo, o que não leva a grandes prejuízos econômicos no caso de animais infectados.  Porém,causa agitação devido ao prurido (coceira) provocado por ela, resultando na queda no ganho de peso dos animais.

SINTOMAS

Os sintomas consistem em: perda de pelo, descamação, aspecto ressecado e prurido. Geralmente essas manifestações ocorrem na cabeça e pescoço, mas caso não seja diagnosticado e tratado, se espalha para outras regiões do corpo do animal.

TRATAMENTO


A pulverização ou banhos de fungicidas é o mais recomendado para os casos onde um grande número de animais foi afetado, como nos rebanhos. Os animais precisam ser isolados e o ambiente e os utensílios utilizados no manejo dos animais em questão, devem passar por uma desinfecção. Para minimizar as ações dos esporos, uma boa ventilação também contribui.

Caprinos e ovinos infectados pelo fungo, A: região lombar, B: orelhas
C: região lombar caudal, D: cabeça e orelhas.






















Referências: Vallée doenças, Revista Veterinária, Info Escola.
Nathálya Reis

43 comentários:

  1. oi. eu trouxe uma ovelha para minha casa com dois dias de nascido porque a mãe a rejeitou, já tem doze dias que ela ta aqui em casa, mas estou notando que o queixo dela ta despelando e criando alguns caroços não sei o que é, más estou achando que é o leite de gado que estou dando para ela. será que isso que ela tem é normal? você pode me responder?

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  2. Consegui diagnosticar a doença em um cabrito, valeu.

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  3. Izabel Rocha 23 de agosto de 2017 12:14 Consegui fazer uma parte do meu trabalho escolar.Valeu.

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  4. Izabel Rocha 23 de agosto de 2017 12:14 Consegui fazer uma parte do meu trabalho escolar.Valeu.

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  5. boa noite minha carneira esta com um caroço grande no peito alguem pode me ajudar

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  6. Boa tarde gostaria de saber tenho um carneiro com um ano , derrepente ele apresentou dificuldades pra andar , sendo as patas estão quase sem movimento , por favor me ajude será que consigo salvar o carneringo

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  7. Tenho um carneiro ele. Entrevou todos os nembros

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  8. Tenho um carneiro ele. Entrevou todos os nembros

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  9. Meu amigo tem um carneiro ele nao conseguia ficar em pe e de repente virou a cabeca para costa sera que doenca e essa?

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  10. Meu amigo tem um carneiro ele nao conseguia ficar em pe e de repente virou a cabeca para costa sera que doenca e essa?

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  11. Olá bom dia.

    Por gentileza, qualquer caroço que surje em caprinos é o mal do caroço?

    Ou há outras causas para surgir caroço em caprinos e ovinos?

    Obrigado

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    1. Se for nos locais dos glandios linfáticos é mais privavel q seja linfadenite

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  12. Boa noite,tudo bem?

    Meu irmão tem um carneirinho,e ele está com uma bola na garganta,mais e interna,é como se fosse caxumba,Está bem inchado,estamos muito preocupados,mais não temos condição de pagar veterinário,poderia nós ajudar a identificar o problema dele ?

    Desde já agradeço 😘

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  13. eu tenho uma cabritinha de 31 dias, quando ela estava com 21 dias de vida ela apresentou um canso e se negava a mamar com o passar dos dias toda vez que ingeria leite ela enfraquecia parou de comer mas o veterinário disse que era anemia. contudo, ela não melhorou com a medicação...chegando a ponto de não se permitir a comer ela geme de dor e outro veterinário disse que ela esta com barriga dágua e passou remédio pra verme. a cada momento ela piora e eu não sei o que fazer por ela.

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  14. TenhoTenho uma cabra tem uma ferida na vagina começou com uma veruga hoje ta enorme como curar

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  15. Tenhoumacabritaestamancandooquedevofaser

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  16. Oq acontece a carneira deu cria tava bem agora deu tipo uma peste cai e n levanta mais oq possa que seja ?

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  17. Olá tenho uma ovelha que de uns dias para cá ela ta inquieta parecendo sentir dor na cabeça e hj observei que os olhos dela estão inchados o que sera

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  18. Olá tenho uma ovelha que de uns dias para cá ela ta inquieta parecendo sentir dor na cabeça e hj observei que os olhos dela estão inchados o que sera

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  19. Ola
    Estou com uma ovelha que esta com a orelha muito inchada
    Nao tem nem um sinal algum a mais???
    O que pode ser

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  20. Eu crio carneiro da raça doper, e um deles esta triste separado do rebanho oque pode ser.
    Abraco

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  21. Qual é tipo de doença para bodes que estão emagrecendo muito e perdendo pelo

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  22. Tenho um cordeiro que está triste sem se alimentar direito, aparentemente não apresenta nenhum outro sintoma, o que pode ser?

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  23. Um caprino com o queixo encjado e parte da gola tambėm o que pode ser e qual o tartamento adequado

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  24. Bom dia tenho um bode ele está com inchaço na barriga e está crescendo muito o que eu faço

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  25. Tenho um ovelha que ela ficou esguia e agora está caindo dos quartos anda mas muita dificuldade o que será.

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  26. bom dia!
    estou com um carneiro que está apresentando alguns sintomas como: perca de peso, cerrando os dentes e saindo liquido pela boca e pela venta, poderia nos ajudar com tal problema

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  27. Tenho uma cabrita estava bem De repente caiu virou a cabeça pra cima não quer levantar o que sera é o que posso dar pra ela

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  28. Nois conseguimos controlar o bicho da cabeça com dectomax

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  29. O dectomax ajuda a combater o vírus do bicho da cabeça

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  30. Peço ajuda, por favor.. tenho um bode filhote. Ele tem 1 mês de nascido, órfão, a mãe morreu 2 dias depois dele nascer e estamos criando injetado, fazem 15 dias que está com diarréia, ranje várias vezes os dentes... nasceu sem se pôr de pé,mas agora pula até demais.qudria saber k motivo de tantos dias com diarréia ...

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  31. Boa noite pessoal,alguém sabe me falar se posso usar nimesulida e corticoide em caprinos?

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  32. Bom dia pessoal estou com um bode que ele está andando e caindo dos quartos o que eu faço

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  33. Estou com um borrego com paralisia, que medicamento posso da

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  34. Estou com um carneiro de três meses,ele esta com o penes pendurado desde um mês de nascido e esta bwm enflamado e não volta pra dentro. Alguem tem alguma solução? O que faser?

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  35. Oi eu tenho um bode capado e apareceu um ferimento no local da capaçao o quw fazer

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  36. Ola minha ovelha ta com espuma branca sujo na boca come e bebe faz fezes normais que sera ajudem e de estimação obrigada

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  37. Boa noite, tenho uma carneira que acabou de criar mas a cria morreu e a carneira parou de andar oq posso fazer ?

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  38. Meu carneiro tá com o pênis inchado o que pode ser

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